14 Dezembro, 2022 |
Por: Lilian Jochims
14 Dezembro, 2022 |
Por: Lilian Jochims
Diríamos que tudo, uma vez que tanto designers quanto QA’s trabalham focados no mesmo objetivo, que é a experiência do usuário (User Experience, UX). Quando entende-se que QA (Quality Assurance) vai muito além da técnica e que Design é muito mais do que estilo, consegue-se entregar um bom produto que melhora a experiência do usuário, pois é justamente quando é melhorado o processo, que melhora-se o produto, desde o desenvolvimento até a entrega para o cliente e, sucessivamente, para o usuário final.
A fase de testes é um processo que não é construtivo, é destrutivo, pois aumenta a confiança dos produtos através da exposição de seus problemas. É como um pente fino onde os testadores buscam, através do ponto de vista técnico, verificar se há algum tipo de defeito, geralmente reportando bugs e erros. Mas a garantia de qualidade vai além disso, e para obter êxito, é necessário ter um amplo entendimento sobre o contexto geral onde o produto está inserido, e no qual a experiência acontece. É aí que o trabalho em conjunto entre Designers e QA’s faz sentido.
O UX Designer trabalha com ferramentas específicas para entender o contexto do usuário, sendo a pesquisa, nos seus mais diversos formatos, a principal delas. Há quem diga que o UX Designer é apenas um desenhista de telas, mas na verdade é mais do que isso. O UX Designer desenvolverá sim algumas hard skills relacionadas a domínio de softwares e desenho de interfaces, mas irá aprofundar muito mais as soft skills relacionadas à percepção aguçada, criatividade, planejamento, trabalho em equipe, curiosidade, inovação e sobretudo empatia, uma das principais habilidades que leva o designer ao entendimento dos problemas a serem solucionados e do produto como um todo.
Na prática, embora a linha seja tênue na atuação dos UX Designers e dos QA’s no que se refere à experiência do usuário, é possível ilustrar adequadamente da seguinte forma: Existe a experiência que foi planejada para ocorrer (tange ao QA), e existe a experiência que o usuário espera que ocorra (tange ao UX).
Em outras palavras, quando o usuário clica em um botão que não funciona (QA), isso causa um problema na experiência do usuário. Mas quando o usuário clica em um botão que funciona de forma diferente do que ele esperava (UX), isso também causa um problema na experiência do usuário. Ou seja, não se pode exigir que o QA deduza de que maneira o usuário espera que o botão funcione, porque o QA não esteve no processo de design e esse não é o foco do QA, portanto quem pode orientar o time de desenvolvedores a ampliar a visão e enxergar um contexto mais amplo e que vai além do técnico, é a metodologia de UX Design.
É importante ressaltar que ambos trabalham juntos, num processo iterativo e colaborativo de esboços, protótipos, wireframes, validação, testes, refinamento, codificação e resultado, sempre considerando as necessidades do usuário em conjunto com a tecnologia viável e os objetivos do negócio, obviamente cada um dentro dos escopos que tangem especificamente às suas áreas (técnica, inovação, criação, qualidade, pesquisa, etc). Um bom UX Designer tem seu foco na solução, portanto trabalha para identificar quais são os verdadeiros problemas a serem resolvidos. Um bom QA tem seu foco na análise do sistema, portanto com um olhar crítico e aguçado trabalha com a atenção voltada aos detalhes e regras que estruturam os requisitos para atingir os níveis de qualidade desejados.
O que ambos têm em comum? O foco no usuário, tendo a usabilidade como prioridade. O designer não é mais que o QA e o QA não é mais que o designer, juntos somam suas habilidades, orientando um ao outro até chegarem num resultado comum, pois da mesma forma que o UX orienta sobre o contexto do usuário, quando queremos design de qualidade inevitavelmente isso passará pela orientação dos QA’s, que abordarão problemas que vão além da interface do usuário (UI) e que podem igualmente prejudicar a experiência total do usuário. Erros de implementação, bugs e travamentos também deixam os usuários furiosos e impedem a conclusão de suas tarefas, muitas vezes fazendo com que os usuários culpem a si mesmos pelos erros ao invés de responsabilizar o sistema. Ou seja, o UX Design é melhor quando reconhece que a garantia de qualidade é a base para a confiança do usuário e consequentemente a satisfação do cliente.
Sendo assim, tudo que Designers e QA’s criarem deve ser: simples de entender, fácil de usar, fácil de encontrar, fácil de adaptar. E Intuitivo. A intuição acontece de maneira automática, portanto, se algo é criado de forma intuitiva, automaticamente proporcionará uma experiência melhor ao usuário. E é justamente por isso que, no processo de UX Design, a pesquisa e a garantia de qualidade são tão importantes: porque “eu não sou o meu próprio usuário”.
Nem sempre o que é coerente para o UX, será para o usuário, portanto, todas as decisões devem ser tomadas com base em dados de pesquisas com os usuários, de acordo com o contexto onde estão inseridos, e o objetivo principal deve ser sempre resolver dores e não gerar dores, e para isso os times devem estar bem alinhados e trabalhando juntos. Todas as interações com funcionários, canais, sistemas, produtos e serviços de uma empresa, irão resultar na Experiência final do usuário!
Aqui na Testing Company trabalhamos fortemente com a metodologia ágil, e a usabilidade dos produtos é uma preocupação compartilhada por toda a equipe, tanto no desenvolvimento como na qualidade do software, por isso aplicamos os conceitos citados anteriormente, visando sempre atender as demandas do usuário final dentro do escopo solicitado pelos clientes. Quer saber mais sobre o serviço de UX da Testing Company? entre em contato conosco.
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