08 Outubro, 2021 |
Por: Cristiano Baumgartner
08 Outubro, 2021 |
Por: Cristiano Baumgartner
Os defeitos gerados ao longo do processo de desenvolvimento de software afetam diretamente a qualidade dos produtos e causam diversos problemas às empresas. Um defeito na área de teste de software pode ser considerado como um erro de código que causa resultados incorretos ou falhas na aplicação, sendo comumente chamado de “bug”.
Uma etapa fundamental para detectar defeitos antes que estes cheguem aos usuários finais é o teste de software. Nessa atividade, essencialmente são realizados procedimentos para mostrar que as funcionalidades do sistema geram a saída esperada de acordo com a entrada submetida.
Mas e quando isso não ocorre? Nesse caso o teste falhou e temos a detecção de um defeito. O passo a seguir é registrá-lo em um documento padronizado e bem explicado para que quando os desenvolvedores forem corrigir os problemas possam simulá-los da melhor maneira possível e fazer a devida correção.
Desse modo, nesse artigo daremos dicas importantes para que o registro de defeitos, uma das etapas mais importantes da área de QA, seja realizado de forma correta e eficaz.
Acompanhe!
O resumo é uma das primeiras informações que os envolvidos na correção do incidente visualizam. Nesse sentido, ele precisa ser claro e sucinto o suficiente para remeter diretamente ao problema identificado.
Neste item deve ser feita uma contextualização mais abrangente sobre o defeito encontrado. Por isso, detalhe ao máximo, mas nada além do necessário. Ademais, pode-se usar esse campo para mostrar a causa dos defeitos e propor práticas para prevenir a sua ocorrência novamente.
Recomendação: Informe neste tópico apenas a situação ocorrida, pois nem sempre as falhas são aceitas da maneira esperada e a forma de comunicação usada, por vezes, pode surtir um efeito indesejável se levada para o lado pessoal. Portanto, a descrição da não conformidade necessita ser compreensível e conter exclusivamente informações que ajudem na correta identificação do bug.
Contar com um passo a passo com as instruções necessárias para simular o problema é primordial para que os erros sejam averiguados e corrigidos.
Em vista disso, este conteúdo deve apresentar o fluxo principal de toda execução que levou a constatação do problema, podendo ser exibido em forma de uma lista ordenada a ser seguida, sendo que cada passo deve ser descrito de forma clara e objetiva.
Evidências de validação comprovam a existência do defeito reportado. Tais arquivos podem ser vídeos, logs ou prints de tela e devem ser anexados ao documento de registro do bug. Para um melhor aproveitamento na reprodução de defeitos, sugere-se que sempre seja destacada a área em que o erro foi detectado.
Informações complementares que não fizeram parte das seções anteriores e que sejam relevantes podem ser acrescentadas para contribuir com a simulação do problema registrado. Recomenda-se informar referências sobre o ambiente de teste, navegador utilizado no teste, sistema operacional, entre outros.
Por fim, mas não menos importante, a parte ortográfica é um aspecto muito relevante e diz respeito a qualidade do reporte no que se refere a uma comunicação precisa. Concordância verbal e sinais de pontuação usados corretamente também tornam a comunicação escrita compreensível e prática. Aliás, profissionais de QA devem escrever bem tanto para relatar os bugs quanto para elaborar casos de testes e demais atividades afins.
Aqui na Testing Company usamos o QualiGO, o qual possui um módulo específico de gestão de defeitos. Nela, vários aspectos em relação aos defeitos podem ser registrados, tais como:
Além disso, a QualiGo conta com relatórios de defeitos que possibilitam identificar a quantidade de pendências cadastradas para o projeto. Afinal, dispor de técnicas e ferramentas para controlar o ciclo de vida dos defeitos facilita e muito a rotina dos envolvidos no processo de desenvolvimento.
Sabendo que erros impactam na entrega dos produtos e precisam ser corrigidos para evitar impactos negativos junto aos clientes, testes continuam tendo um papel fundamental para garantir a qualidade do produto de software.
As sugestões apresentadas neste artigo servem para que exista uma padronização no registro de bugs e sejam seguidas boas práticas, visto que caso o reporte seja feito de maneira inadequada, pode comprometer a qualidade dos testes.
Gostou das dicas? Compartilhe e sinta-se a vontade para deixar mais sugestões nos comentários!
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