O Controle da Qualidade está presente em todos os aspectos de nossas vidas, seja em um processo, em um software ou até mesmo em um programa de televisão. No último sábado (28/01/2023) ocorreu a “prova do anjo” no Big Brother Brasil 23. A prova consistia em uma sequência de 5 desafios, onde os participantes não sabiam o que esperar, pois cada candidato que realizava a prova era mandado para um destino isolado e não ficava em contato com os demais participantes que ainda não haviam realizado a prova.

O ponto mais polêmico foi o 5º desafio do percurso, que contava com uma espécie de banheira, com um líquido que simulava um molho e que, devido ao tamanho da banheira, dava a impressão de ser profundo. Dentro dessa banheira, havia uma placa que deveria ser encontrada para que então, a prova fosse finalizada. 

O que aconteceu, porém, foi que a banheira não era profunda, bastava o participante colocar as mãos para que achasse a placa, sem que fosse  necessário se sujar totalmente. Ao todo, foram 12 participantes, dentre eles, 7 entraram completamente na banheira (sendo que a mesma era rasa) e 1 deles não entrou por conta de um erro de prova, onde sua placa ficou aparente na superfície da banheira. Um erro gravíssimo que fez com que o participante fosse beneficiado e ficasse em primeiro lugar na disputa. 

Ao terminar a prova, cada participante deveria entrar na casa e passar por vários cômodos. Como o líquido era viscoso e de coloração alaranjada, o resultado não poderia ser outro: a casa ficou extremamente suja. A produção improvisou toalhas para limpeza e a prova acabou se tornando demorada, deixando  evidente que a organização não esperava que isso fosse acontecer. No Twitter, diversas reclamações dos telespectadores foram feitas com relação à qualidade da prova, à falta de organização e ao despreparo da produção.

Mas qual é a relação desse fato com a área de qualidade?

Em um paralelo desse cenário com a área de qualidade, fica evidente que não foram realizados testes adequados na prova, nem antes, nem durante a sua realização, causando transtorno na execução em produção, reclamações e falta de confiança dos usuários (telespectadores). Algumas das hipóteses que podem ter levado a este contexto:

1º: Houveram testes com poucas pessoas e com baixa visão analítica (focada na qualidade);

2º:  Houveram testes com pessoas que já tinham conhecimento da prova.

No primeiro caso, quando se trata de teste de software, algumas empresas inserem membros de sua equipe de suporte para realizar os testes, isso provoca uma baixa visão analítica, deixando de focar na identificação de fluxos alternativos e em possíveis problemas dentro dos fluxos do produto.

Da mesma forma, o segundo caso acontece quando as empresas efetuam testes apenas com a equipe de desenvolvimento, ocasionando um olhar “viciado” dos fluxos e não percebendo detalhes que podem gerar grandes problemas e consequências nos fluxos da aplicação. Não estamos falando que os desenvolvedores (ou a equipe que desenvolveu a prova do reality show) não devem realizar testes, apenas que não devem ser os únicos e principais a executarem esse processo.

Em ambas as situações, a solução mais adequada é contratar uma equipe especializada de Controle da Qualidade para que, com o emprego das melhores técnicas de testes, seja possível prever e diminuir os impactos e as consequências negativas nos produtos, evitando assim reclamações por parte dos clientes.

Então, percebeu com esse exemplo da vida real como a qualidade é importante e faz parte do nosso dia-a-dia?

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