02 Maio, 2025 |
Por: Cristiano Baumgartner
02 Maio, 2025 |
Por: Cristiano Baumgartner
No ambiente acelerado do desenvolvimento de software, corrigir um bug e, sem querer, criar outro é um aspecto muitas vezes comum e muito custoso. Uma atividade fundamental no desenvolvimento de software que ajuda a detectar defeitos não percebidos pelos programadores e que verifica sua conformidade aos requisitos é a etapa de teste de software. Quem nunca atualizou a versão de determinado sistema e verificou que algo que funcionava corretamente deixou de funcionar? A verdade é que corrigir um bug sem causar outro é um dos desafios da engenharia de software.
Neste artigo, reunimos 7 dicas práticas e validadas para ajudar você e sua equipe a realizarem correções com mais segurança, previsibilidade e qualidade. Acompanhe!
Quando algo é corrigido em um sistema, existe a possibilidade de se introduzir novos defeitos e testes de regressão ajudam a detectá-los para garantir que o produto continue funcionando após as manutenções realizadas. Portanto, antes de publicar qualquer linha de código, avalie cuidadosamente quais outras áreas podem ser afetadas pela alteração. Mapear dependências e possíveis impactos é fundamental para evitar efeitos colaterais indesejáveis.
Casos de teste são criados basicamente para mostrar que a entrada submetida na aplicação retorna a saída esperada. Entretanto, não basta testar só o "caminho feliz". Construa cenários de teste focados tanto na correção quanto nas funções correlatas que podem ser impactadas, incluindo casos de exceções e comportamentos inesperados. Nesse sentido, a cada nova versão liberada do software, casos de testes devem ser executados e, se necessário, novos criados. Assim, esses processos são importantes para buscar a qualidade das aplicações e a minimização dos defeitos no software durante todo o desenvolvimento.
Um pacote de correções precisa idealmente disparar uma bateria de testes de regressão. Para que os procedimentos de teste possam ser prontamente e rapidamente realizados, comumente utiliza-se automação, a qual deve fornecer resultados confiáveis e eficazes. A automação integrada com CI/CD que usamos na Testing Company garante que a cada commit uma bateria completa de testes valide se o sistema continua íntegro. Outo benefício dos testes automatizados é que estes podem ser repetidos a qualquer momento, seja para analisar uma nova funcionalidade ou alteração realizada no produto. Sua implementação reduz, a médio e longo prazo, os esforços e o tempo necessário para testes manuais, diminuindo as chances de que ocorram falhas humanas na execução dos testes.
Cada pequena mudança deve ser registrada: qual era o bug, qual a origem, o que foi alterado e por quê. Isso facilita a análise em futuras correções e evita erros recorrentes. A nossa ferramenta QualiGO possibilita uma visão clara da quantidade de defeitos encontrados por projetos e a porcentagem de quantos foram resolvidos ou estão abertos. O acompanhamento desses indicadores fornece apoio ao processo de decisão, já que, antes de realizar a entrega de um projeto ou liberar a versão de um produto, podem ser analisadas métricas relacionadas ao gerenciamento dos defeitos encontrados. Além disso, a documentação permite que as equipes rastreiem quais testes foram executados, os que passaram ou falharam e ajustes necessários. Por consequência, facilita auditorias com padrões de qualidade.
Praticamente todas as abordagens de teste buscam garantir que as funcionalidades corretas estejam sendo desenvolvidas e entregues ao cliente. Por outro lado, sem testes adequados, qualquer alteração no código pode quebrar funcionalidades existentes, tornando a manutenção mais complexa e arriscada. Isso desacelera o desenvolvimento e dificulta a evolução do software. Softwares bem testados permitem que desenvolvedores façam melhorias e refatorações sem comprometer funcionalidades já existentes. Qualidade não é responsabilidade só da fase de testes — começa na concepção da correção. Um analista de QA experiente consegue antecipar riscos que passariam despercebidos pela equipe de desenvolvimento, por isso a relevância de começar a incluir a equipe de QA já nas fases iniciais de desenvolvimento.
Code Reviews não são apenas boas práticas de codificação. Uma revisão bem-feita identifica problemas e inconsistências que poderiam gerar novos bugs, reforçando a qualidade e aumentando a confiabilidade do produto de software. O teste de cobertura, por exemplo é responsável por verificar se o teste unitário está verificando a maioria dos caminhos possíveis do algoritmo de alguma funcionalidade do software. O objetivo é ter a maior cobertura possível identificando áreas do projeto que ainda não estão cobertas pelos testes automatizados.
Acompanhe indicadores como a quantidade de bugs reabertos, taxa de sucesso em testes de regressão e tempo médio de correção. Ferramentas como nosso QualiGO geram dashboards que trazem visibilidade em tempo real e ajudam a tomar decisões de melhoria contínua. Métricas permitem acompanhar o progresso e avaliar a efetividade do processo de desenvolvimento, oferecendo dados confiáveis para a tomada de decisão. Métricas de processo incluem, por exemplo, o número de defeitos encontrados em produção por usuários finais em um certo período.
Software é um artefato que sofre mudanças constantemente e suas atualizações precisam ser acompanhadas de perto pela equipe de desenvolvimento para corrigir erros e melhorar seu desempenho. Assim sendo, devem ser planejados e executados procedimentos de teste, incluindo de regressão, para que os desenvolvedores resolvam os defeitos detectados e liberem o sistema para ser utilizado pelos clientes.
Importante destacar que um dos maiores benefícios de automatizar os testes de regressão é a capacidade de detectar problemas mais rapidamente. Ao invés de esperar que um testador execute manualmente cada caso de teste, os testes automatizados podem ser executados rapidamente e repetidamente. Isso significa que as falhas podem ser identificadas mais cedo e corrigidas antes que afetem outros aspectos do software, pois podem ser executados em uma variedade de ambientes diferentes, como diferentes sistemas operacionais, navegadores e dispositivos, sem comprometer a qualidade dos testes.
Em um mercado cada vez mais competitivo é primordial que as empresas trabalhem na melhoria e evolução de seus produtos, pois sempre existirão novas funcionalidades a serem desenvolvidas e correções a serem realizadas para atender as necessidades dos clientes. Corrigir um bug de forma eficiente e segura é uma arte que exige processo, estratégia e ferramentas adequadas.
Se sua empresa quer reduzir retrabalho e aumentar a confiança nas entregas, nossos especialistas da Testing Company estão prontos para apoiar.
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