7 dicas para evitar que Correções gerem novos Bugs no desenvolvimento de Software

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No ambiente acelerado do desenvolvimento de software, corrigir um bug e, sem querer, criar outro é um aspecto muitas vezes comum e muito custoso. Uma atividade fundamental no desenvolvimento de software que ajuda a detectar defeitos não percebidos pelos programadores e que verifica sua conformidade aos requisitos é a etapa de teste de software. Quem nunca atualizou a versão de determinado sistema e verificou que algo que funcionava corretamente deixou de funcionar? A verdade é que corrigir um bug sem causar outro é um dos desafios da engenharia de software.

Neste artigo, reunimos 7 dicas práticas e validadas para ajudar você e sua equipe a realizarem correções com mais segurança, previsibilidade e qualidade. Acompanhe!

1. Realize Análise de Impacto

Quando algo é corrigido em um sistema, existe a possibilidade de se introduzir novos defeitos e testes de regressão ajudam a detectá-los para garantir que o produto continue funcionando após as manutenções realizadas. Portanto, antes de publicar qualquer linha de código, avalie cuidadosamente quais outras áreas podem ser afetadas pela alteração. Mapear dependências e possíveis impactos é fundamental para evitar efeitos colaterais indesejáveis.

2. Crie Casos de Teste específicos para cada Bug corrigido

Casos de teste são criados basicamente para mostrar que a entrada submetida na aplicação retorna a saída esperada. Entretanto, não basta testar só o "caminho feliz". Construa cenários de teste focados tanto na correção quanto nas funções correlatas que podem ser impactadas, incluindo casos de exceções e comportamentos inesperados. Nesse sentido, a cada nova versão liberada do software, casos de testes devem ser executados e, se necessário, novos criados. Assim, esses processos são importantes para buscar a qualidade das aplicações e a minimização dos defeitos no software durante todo o desenvolvimento.

3. Automatize os Testes Regressivos

Um pacote de correções precisa idealmente disparar uma bateria de testes de regressão. Para que os procedimentos de teste possam ser prontamente e rapidamente realizados, comumente utiliza-se automação, a qual deve fornecer resultados confiáveis e eficazes. A automação integrada com CI/CD que usamos na Testing Company garante que a cada commit uma bateria completa de testes valide se o sistema continua íntegro. Outo benefício dos testes automatizados é que estes podem ser repetidos a qualquer momento, seja para analisar uma nova funcionalidade ou alteração realizada no produto. Sua implementação reduz, a médio e longo prazo, os esforços e o tempo necessário para testes manuais, diminuindo as chances de que ocorram falhas humanas na execução dos testes.

4. Documente as Alterações

Cada pequena mudança deve ser registrada: qual era o bug, qual a origem, o que foi alterado e por quê. Isso facilita a análise em futuras correções e evita erros recorrentes. A nossa ferramenta QualiGO possibilita uma visão clara da quantidade de defeitos encontrados por projetos e a porcentagem de quantos foram resolvidos ou estão abertos. O acompanhamento desses indicadores fornece apoio ao processo de decisão, já que, antes de realizar a entrega de um projeto ou liberar a versão de um produto, podem ser analisadas métricas relacionadas ao gerenciamento dos defeitos encontrados. Além disso, a documentação permite que as equipes rastreiem quais testes foram executados, os que passaram ou falharam e ajustes necessários. Por consequência, facilita auditorias com padrões de qualidade.

5. Envolva QA no início do Processo

Praticamente todas as abordagens de teste buscam garantir que as funcionalidades corretas estejam sendo desenvolvidas e entregues ao cliente. Por outro lado, sem testes adequados, qualquer alteração no código pode quebrar funcionalidades existentes, tornando a manutenção mais complexa e arriscada. Isso desacelera o desenvolvimento e dificulta a evolução do software. Softwares bem testados permitem que desenvolvedores façam melhorias e refatorações sem comprometer funcionalidades já existentes. Qualidade não é responsabilidade só da fase de testes — começa na concepção da correção. Um analista de QA experiente consegue antecipar riscos que passariam despercebidos pela equipe de desenvolvimento, por isso a relevância de começar a incluir a equipe de QA já nas fases iniciais de desenvolvimento.

6. Faça Revisões e Testes de Código

Code Reviews não são apenas boas práticas de codificação. Uma revisão bem-feita identifica problemas e inconsistências que poderiam gerar novos bugs, reforçando a qualidade e aumentando a confiabilidade do produto de software. O teste de cobertura, por exemplo é responsável por verificar se o teste unitário está verificando a maioria dos caminhos possíveis do algoritmo de alguma funcionalidade do software. O objetivo é ter a maior cobertura possível identificando áreas do projeto que ainda não estão cobertas pelos testes automatizados.

7. Utilize Métricas de Qualidade

Acompanhe indicadores como a quantidade de bugs reabertos, taxa de sucesso em testes de regressão e tempo médio de correção. Ferramentas como nosso QualiGO geram dashboards que trazem visibilidade em tempo real e ajudam a tomar decisões de melhoria contínua. Métricas permitem acompanhar o progresso e avaliar a efetividade do processo de desenvolvimento, oferecendo dados confiáveis para a tomada de decisão. Métricas de processo incluem, por exemplo, o número de defeitos encontrados em produção por usuários finais em um certo período.

Software é um artefato que sofre mudanças constantemente e suas atualizações precisam ser acompanhadas de perto pela equipe de desenvolvimento para corrigir erros e melhorar seu desempenho. Assim sendo, devem ser planejados e executados procedimentos de teste, incluindo de regressão, para que os desenvolvedores resolvam os defeitos detectados e liberem o sistema para ser utilizado pelos clientes.

Importante destacar que um dos maiores benefícios de automatizar os testes de regressão é a capacidade de detectar problemas mais rapidamente. Ao invés de esperar que um testador execute manualmente cada caso de teste, os testes automatizados podem ser executados rapidamente e repetidamente. Isso significa que as falhas podem ser identificadas mais cedo e corrigidas antes que afetem outros aspectos do software, pois podem ser executados em uma variedade de ambientes diferentes, como diferentes sistemas operacionais, navegadores e dispositivos, sem comprometer a qualidade dos testes.

Em um mercado cada vez mais competitivo é primordial que as empresas trabalhem na melhoria e evolução de seus produtos, pois sempre existirão novas funcionalidades a serem desenvolvidas e correções a serem realizadas para atender as necessidades dos clientes. Corrigir um bug de forma eficiente e segura é uma arte que exige processo, estratégia e ferramentas adequadas.

Se sua empresa quer reduzir retrabalho e aumentar a confiança nas entregas, nossos especialistas da Testing Company estão prontos para apoiar.

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