12 boas práticas de automação de testes que você e sua empresa precisam conhecer

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No desenvolvimento modelo cascata, os testes ocorrem em uma fase separada, normalmente após a fase de codificação. Para esse fim, existe uma equipe independente de testes, responsável por verificar se as implementações atendem aos requisitos do sistema e evitar que erros ocorram em produção. Com o advento dos métodos ágeis, a prática de testes de software foi reformulada e grande parte dos procedimentos passou a ser automatizado.

Automatizar testes é uma prática fundamental para garantir a qualidade e eficiência durante o ciclo de vida de desenvolvimento do software, a qual se utiliza de ferramentas e scripts para automatizar a execução de testes em sistemas, substituindo os processos manuais. O objetivo desta técnica é melhorar a eficiência, cobertura e repetibilidade dos testes em momentos oportunos, além de identificar defeitos mais rapidamente e reduzir a possibilidade de erros humanos no processo de QA.

Existem diversas ferramentas para a realização de testes automatizados e para garantir que a automação seja eficaz e sustentável, é importante seguir algumas boas práticas, das quais apresentamos algumas a seguir.

  1. Testes Rápidos

Testadores necessitam executar testes automatizados frequentemente para obter feedback rápido acerca de bugs e erros no código. Por isso, é fundamental que os cenários sejam executados rapidamente. Se isso não for possível, sugere-se dividir uma suíte de testes em grupos: aqueles que executam rapidamente e testes mais demorados para que sejam executados conforme demanda.

  1. Testes Independentes

A ordem de execução dos testes automatizados não é relevante e, por esse motivo, devem ser independentes. Isto é, a despeito da ordem de execução os resultados gerados devem ser sempre idênticos, até mesmo quando os scripts forem processados de forma concorrente.

  1. Testes Confiáveis

Testes automatizados devem gerar sempre o mesmo resultado em todas as execuções. Caso isso não ocorra, estes testes são comumente chamados de Flaky. Vale ressaltar que a concorrência é uma das principais causas desse comportamento incorreto que pode apresentar falsos positivos/negativos.

  1. Testes Compreensíveis

O resultado de um script de teste automatizado deve ser facilmente analisável. Nesse sentido, geralmente os testes que (passam) são exibidos na cor verde e na vermelha para indicar que houve falha na execução. Nessa situação, deve ser possível identificar essa falha de maneira imediata, inclusive com a visualização do comando ou asserção que falhou. Por isso, é essencial que os scripts possuam uma lógica clara e de fácil entendimento, sem uma quantidade excessiva de “ifs”, laços etc.

  1. Sem Duplicidade

Deve-se evitar código com duplicação de comandos, nomes de métodos, entre outros fatores. Os scripts de testes devem ser criados de forma que possibilitem trechos de código serem reutilizados em diferentes aspectos, o que reduz a duplicação e facilita a manutenção.

  1. Facilidade de Manutenção

Os testes precisam ser facilmente mantidos especialmente quando a aplicação mudar e ajustes precisem ser efetuados nos scripts. Organize o código de teste em módulos e pacotes. Uma boa organização ajuda na manutenção e facilita a identificação de defeitos no sistema.

  1. Integração Contínua

Testes automatizados eficazes devem estar integrados em pipelines de integração contínua (CI) e entrega contínua (CD) para assegurar que o software seja constantemente validado à medida que novas alterações são realizadas.

  1. Documentação Acessível

Scripts de testes deve ser bem documentados para que outros automatizadores possam entender facilmente o objetivo dos testes e como eles funcionam. Revise e atualize os testes regularmente. À medida que o código e os requisitos mudam, os testes também precisam ser atualizados para refletir essas mudanças. Contar com uma boa documentação é fundamental nesse sentido.

  1. Configuração Simples

A configuração do ambiente de testes deve ser simples e objetiva para que os testes possam ser realizados em diferentes ambientes sem muitas dificuldades. Ferramentas apropriadas devem ser usadas para certificar que os testes sejam executados em ambientes consistentes e controlados. Manter o código fonte da automação em um repositório para controle de versão é uma boa pedida, ainda mais se houver mais de um integrante trabalhando no mesmo projeto. Isso evita problema com perdas de código, permite gerenciamento de branches, possibilita futura integração contínua etc.

  1. Padrões de Projetos

Procure arquitetar o projeto separando suas responsabilidades para que seja possível efetuar manutenções de forma ágil e eficaz. Uma sugestão é utilizar padrões de projeto como page objects e page actions, os quais tem por objetivo evitar problemas como código duplicado, dentre outros, através da segmentação dos elementos e ações de acordo com as páginas existentes na aplicação.

Alguns projetos de desenvolvimento são construídos a partir de histórias de usuário e comportamentos da aplicação. Neste caso, uma possibilidade é fazer uso da técnica de desenvolvimento BDD (behavior-driven development) na automação, onde os scripts são criados com base nos cenários que evidenciam como o sistema deve se comportar. Assim sendo, os scripts são escritos em linguagem natural e codificados na linguagem de programação desejada. Com isso, busca-se garantir que os resultados descritos nos cenários de teste foram alcançados, criando-se uma documentação “viva” à medida que a automação vai sendo implementada.

  1. Evidências de Testes

Considere disponibilizar relatórios para viabilizar uma correta avaliação dos resultados gerados na execução das baterias de teste e tornar o gerenciamento da automação mais completo e compreensível. Além dos relatórios, outro meio de evidenciar os resultados pode ser através da geração de arquivos de imagens. Ferramentas como Allure Reports e Extends Reports auxiliam na visualização até mesmo dos passos que quebraram, juntamente (se assim for programado) com o screenshot de cada passo executado.

  1. Cobertura dos Testes

Cobertura de testes é uma métrica que ajuda a definir a quantidade de testes necessária para um sistema. Ela calcula o percentual de comandos de um programa que são cobertos por testes, podendo ser calculada da seguinte forma: (número de comandos executados pelos testes) / (total de comandos do programa). Não existe um número definitivo para a cobertura de testes. A resposta difere de projeto para projeto e normalmente as equipes buscam atingir valores próximos a 70%.

As boas práticas comentadas nesse artigo ajudam a garantir que os testes automatizados tragam valor real para o negócio e processo de desenvolvimento, tornando as aplicações mais robustas e confiáveis. O objetivo de apresentá-las é possibilitar a implementação de testes que tenham qualidade e que possam ser facilmente mantidos e entendidos.

Agora que você conhece essas boas práticas que tal contar com uma equipe preparada para aplicá-las em seus projetos?

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