31 Outubro, 2024 |
Por: Cristiano Baumgartner
31 Outubro, 2024 |
Por: Cristiano Baumgartner
No desenvolvimento de software, alcançar um sistema "zero defeitos" é praticamente impossível, ou seja, sempre haverá falhas não identificadas, seja por limitações técnicas, complexidade do sistema ou até mesmo devido a cenários que não podem ser previstos com antecedência. Logo, é fundamental contar com um bom planejamento de testes baseado em critérios plausíveis para que a maior quantidade de erros sejam identificados, principalmente os mais críticos. Um desses critérios para a criação de testes que pode compor a abordagem da equipe de QA são os riscos associados ao projeto.
Para entender o que é um risco e abordá-lo de forma efetiva, é preciso descrever suas três etapas fundamentais:
É natural querer resolver um problema assim que ele é identificado. No entanto, o primeiro passo para um gerenciamento de riscos eficiente é refletir sobre estes antes de agir. Essa abordagem permite identificar causas que possam mitigá-los, melhorando a eficiência do planejamento e das soluções implementadas.
O risco é inevitável e está presente em diversas áreas de uma empresa, como:
Cada uma dessas áreas deve contar com especialistas dedicados à sua mitigação, mas o risco sempre é inerente e parte do negócio, independente da área. Uma empresa pode enfrentar o risco de perder faturamento se houver um aumento repentino de acessos e a infraestrutura não estiver preparada para suportar essa carga. Tal fator pode ser mitigado com testes de performance, por exemplo, que refletem diretamente na área de QA.
A análise de riscos se baseia em sua probabilidade de ocorrência e no impacto que pode causar. Essa análise ajuda a priorizar os riscos, concentrando esforços naqueles que representam um maior potencial de dano.
No contexto de QA, vamos apresentar dois métodos para o gerenciamento de riscos: o “Good Enough” e o PRISMA. Ambos oferecem abordagens distintas, mas são eficazes no processo de identificar, classificar e mitigar riscos. Vamos explorá-los em detalhes a seguir.
O método “Good Enough”, popularizado por James Bach, tem como principal objetivo flexibilizar o processo de entrega do software. Ele desafia o formalismo rigoroso, adaptando-se ao contexto e às necessidades reais do projeto. A essência desse método é avaliar se o software é “bom o suficiente” para ser lançado naquele momento, considerando um equilíbrio entre benefícios e riscos. Abaixo alguns questionamentos pertinentes a essa técnica:
O método "Good Enough" se destaca por sua capacidade de ajustar o processo de desenvolvimento à realidade do projeto, priorizando a entrega contínua e a adaptabilidade. Ele é ideal para contextos de desenvolvimento ágil, onde a resposta rápida às mudanças é mais importante do que a perfeição técnica inicial.
O PRISMA é um método de gerenciamento de riscos mais formal, desenvolvido para identificar tanto riscos técnicos quanto de negócios, com foco nos que têm alto impacto e alta probabilidade de ocorrência. Ele envolve uma abordagem estruturada, garantindo um entendimento profundo dos riscos antes de implementar soluções.
O PRISMA segue um processo meticuloso, que inclui:
O PRISMA é ideal para ambientes onde a formalidade e o rigor são necessários, como grandes empresas ou projetos de software críticos, onde o gerenciamento de riscos precisa ser altamente preciso e documentado.
Existem outros métodos, porém os dois apresentados são um ponto de partida que pode ajudar você a gerenciar seus testes baseado em riscos e fazer com que tenha um planejamento de testes mais efetivo e focado em parâmetros estratégicos.
Como vimos nesse artigo, o gerenciamento de riscos é essencial para garantir a qualidade do software e o sucesso dos negócios. Nossa equipe especializada oferece serviços de consultoria focados em identificar, priorizar e mitigar riscos de forma estratégica, ajudando sua empresa a reduzir incertezas e maximizar a confiabilidade dos sistemas.
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