QA em ascensão: Como a área evoluiu nos últimos 13 anos

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A área de Quality Assurance (QA) desempenha um papel crucial no desenvolvimento de software e na entrega de produtos de alta qualidade e nos últimos anos essa área passou por uma notável evolução e transformação. 

Por exemplo, há um determinado tempo a abordagem Cascata (Waterfall) era amplamente utilizada no desenvolvimento de software, o que refletia no processo de QA. Esse modelo seguia uma sequência linear, onde cada fase do desenvolvimento (requisitos, design, implementação, teste) era concluída antes de passar para a próxima. Sendo assim, o QA era frequentemente visto como uma etapa tardia do processo de desenvolvimento de software, onde os testes eram realizados por equipes especializadas que se concentravam em verificar se o software atendia aos requisitos especificados e se não apresentava bugs críticos. A abordagem tradicional do QA envolvia testes manuais extensivos, que exigiam recursos significativos em termos de tempo e esforço. Desse modo a equipe enfrentava várias limitações, tais como:

  • Maior Tempo de Lançamento: Como o QA era realizado apenas após o desenvolvimento, problemas e bugs poderiam ser detectados tardiamente, resultando em atrasos significativos no lançamento do produto.

  • Alta Carga Manual: Os testes manuais necessitavam de tempo, o que muitas vezes levava a uma cobertura de testes inadequada e à não detecção de alguns bugs devido ao curto prazo.

  • Falta de Escalabilidade: Com o aumento da complexidade do software e o aumento das plataformas e dispositivos, exigia-se do QA mais complexidades com as mudanças.

Atualmente, o QA representa uma abordagem mais abrangente e colaborativa para garantir a qualidade do software. Com a adoção do desenvolvimento ágil, o QA agora ocorre desde as fases iniciais do ciclo de vida do desenvolvimento. Isso permite que os testes sejam realizados em paralelo, reduzindo o tempo de lançamento e aprimorando a colaboração entre desenvolvedores e equipes de QA. Essas metodologias enfatizam a colaboração contínua entre desenvolvedores, testadores e stakeholders, com ciclos de desenvolvimento mais curtos (sprints) e entrega incremental. Essa abordagem ágil possibilita maior flexibilidade para se adaptar a mudanças nos requisitos e feedbacks mais frequentes dos clientes.

Além disso, antigamente a maioria dos testes era realizada manualmente. Os testadores executavam cenários de testes, verificavam a funcionalidade do software e registravam os resultados. Hoje, apesar de testes manuais serem essenciais, a automação se tornou um pilar primordial do processo de QA. Com ferramentas e frameworks de automação avançados, é possível executar testes de  regressão de maneira rápida e eficiente, aumentando a cobertura de testes e liberando a equipe de QA para se concentrar em aspectos mais complexos do software.  Ferramentas modernas de automação de testes, como Selenium, Appium e JUnit, permitem que os testadores escrevam scripts que executam testes automaticamente. Essa mudança trouxe uma significativa economia de tempo e recursos, além de melhorar a precisão das validações.

Seguindo essa linha, o QA muitas vezes acontecia isoladamente após a conclusão do desenvolvimento. Isso levava a problemas de integração e atrasos na detecção de defeitos. Hoje temos o CI/CD que é uma prática em que as alterações no código são continuamente integradas e entregues ao ambiente de produção. Isso ajuda a garantir a estabilidade do software e a detecção precoce de problemas. Nos últimos anos, a Integração Contínua e o conceito de DevOps revolucionaram o desenvolvimento de software e a prática de QA. A CI envolve a integração automática de código várias vezes ao dia, permitindo a detecção precoce de problemas. O DevOps, por sua vez, une desenvolvimento e operações, promovendo uma colaboração mais próxima e a entrega contínua de software. Essa abordagem acelera o ciclo de desenvolvimento e garante a rápida implantação de correções e melhorias.

Outro fator de mudança é que antigamente o QA tendia a se concentrar principalmente em testar a funcionalidade do software. Embora a qualidade técnica ainda seja essencial, o QA ampliou sua perspectiva, colocando um foco significativo na experiência do usuário. Além de garantir a diminuição de erros, os testes também visam aprimorar a experiência do usuário e a usabilidade do software. Isto é, o QA passou a concentrar em entender as necessidades dos usuários, identificar possíveis pontos problemáticos em suas jornadas e garantir que o software seja intuitivo e eficiente. Isso envolve testes de usabilidade, análise de métricas de desempenho e feedback constante dos clientes para garantir uma experiência positiva.

Outro ponto importante é a mudança de ambiente. Nos últimos anos, o ambiente de desenvolvimento de software se tornou muito mais complexo, com a proliferação de dispositivos, sistemas operacionais e plataformas. A evolução do QA acompanhou esse cenário, e as equipes de teste têm se dedicado a criar abordagens mais flexíveis e escaláveis para lidar com a diversidade de ambientes de testes. Testes em nuvem, em dispositivos móveis e em diferentes navegadores se tornaram comuns, permitindo que os produtos sejam testados em um espectro mais amplo de cenários de uso. Assim, com as novas abordagens, o QA trouxe inúmeros benefícios para o desenvolvimento de software, incluindo:

  • Maior Eficiência: A automação de testes e a integração do QA desde o início do processo de desenvolvimento reduzem o tempo necessário para identificar e corrigir problemas, tornando o processo de desenvolvimento mais eficiente.

  • Maior Qualidade do Produto: Com testes mais abrangentes e sistemáticos, a qualidade geral do software melhorou significativamente, resultando em produtos mais confiáveis e menos propensos a falhas.

  • Respostas Mais Rápidas às Mudanças do Mercado: Com a escalabilidade proporcionada pelo QA, as equipes de desenvolvimento podem se adaptar rapidamente às mudanças no mercado e às necessidades dos usuários.

  • Redução de Custos: A automação de testes e a detecção prévia de bugs ajudam a evitar custos de correção excessivos em estágios posteriores do desenvolvimento.

Vale destacar também que com esta evolução surgiram diversas ferramentas de análise de dados que possibilitam uma visão mais aprofundada da qualidade do produto. Os testadores têm acesso a métricas detalhadas, como taxa de defeitos, tempo de resposta, satisfação do cliente e muito mais. Essas informações permitem uma tomada de decisão mais informada e a identificação de padrões que podem melhorar continuamente o processo de desenvolvimento e qualidade do software.

Em suma, o QA evoluiu significativamente nos últimos 13 anos, passando de um processo manual e isolado para uma abordagem ágil, automatizada e centrada no cliente. O movimento com foco em testes automatizados, integração contínua e a incorporação total do processo de teste, resultou em softwares mais robustos, lançamentos mais rápidos e uma experiência geral do usuário aprimorada.

Ao se adaptarem às mudanças e adotarem as melhores práticas de QA, as empresas podem obter uma vantagem competitiva significativa no mercado em constante evolução da tecnologia. À medida que a tecnologia continua avançando, o QA continuará desempenhando um papel fundamental na garantia de produtos e serviços de alta qualidade em um mercado cada vez mais competitivo.

Nesse mês, comemoramos 13 anos de existência da Testing Company e como não poderia ser diferente, acompanhamos essa evolução para trazer aos nossos clientes tudo o que há de mais moderno e atual na área de QA.

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