24 Janeiro, 2025 |
Por: Cristiano Baumgartner
24 Janeiro, 2025 |
Por: Cristiano Baumgartner
O principal objetivo de um processo de teste é identificar defeitos durante o desenvolvimento de software, desempenhando um papel essencial no controle de qualidade do produto. Entretanto, em muitos casos, o planejamento e execução dos testes são feitos sem métodos organizados. Além disso, é comum que os testes sejam selecionados de forma aleatória, e os casos de teste, elaborados de maneira não sistemática. Nesses casos, o processo de teste é comumente deixado para ser executado ao final do desenvolvimento, somente após a codificação ser concluída. Tal abordagem resulta em tempo insuficiente para o planejamento, testes parciais e incompletos, além da falta de recursos apropriados para obter os resultados pretendidos.
Em decorrência disso, o processo de teste deve começar assim que a atividade de desenvolvimento se inicia e progredir em paralelo a este nas fases posteriores, buscando sempre verificar se existem erros de código, no fluxo de dados, na implementação dos requisitos e interface da aplicação. Em outras palavras, um processo de teste bem estruturado contribui para a melhoria contínua da qualidade, aumentando a eficácia e a eficiência das validações realizadas. Logo, em nosso contexto, processo é o conjunto de passos, etapas e tarefas que se utiliza para construir um produto de software com qualidade.
Portanto, faz-se necessário criar uma visão que privilegia a cultura da qualidade e entenda que investimento nessa área produz retorno positivo, contribuindo decisivamente para o sucesso dos projetos. Com o propósito de melhorar a qualidade e desenvolvimento de seus softwares, as empresas necessitam dar a devida atenção para os processos de testes e assim evitar que sistemas mal produzidos sejam entregues aos seus clientes.
Alguns benefícios que se busca obter através de um processo de teste estruturado são listados abaixo:
Melhorar a qualidade dos produtos;
Aumentar a satisfação dos usuários e clientes;
Elevar a produtividade da equipe de desenvolvimento;
Aprimorar os métodos de planejamento e gestão de projetos de teste;
Aperfeiçoar continuamente o processo de QA.
E como fazer para certificar-se de que o processo de teste está gerando resultados satisfatórios? É nesse momento que entram em cena as métricas de teste. Para garantir qualidade de software, diversas estratégias podem ser usadas. Métricas permitem acompanhar o progresso e avaliar a efetividade do processo de desenvolvimento, oferecendo dados confiáveis para a tomada de decisão. Métricas de processo incluem, por exemplo, o número de defeitos encontrados em produção por usuários finais em um certo período.
As análises fundamentadas em métricas são mais confiáveis em relação as que utilizam informações superficiais. As métricas de teste contemplam medidas pertinentes para a avaliação da efetividade do processo de desenvolvimento de software. Veja a seguir alguns exemplos de métricas de teste:
Quantidade de casos de teste criados;
Percentual de testes executados;
Quantidade de defeitos corrigidos;
Percentual de retrabalho;
Índice de Severidade de Defeitos;
Tempo médio para resolução;
Quantidade de defeitos encontrados em produção;
Percentual de cobertura dos testes.
Geralmente a escolha das métricas para monitoração e controle do processo de teste é feita durante a etapa de planejamento dos testes. A efetividade é avaliada através da coleta de dados e quanto mais cedo forem detectadas as falhas, mais eficiente é o processo de teste. Isto é, a eficiência é medida considerando a fase em que os defeitos são detectados. Um processo de teste bem-sucedido é aquele em que os problemas de qualidade são encontrados logo após serem inseridos. Se isso não ocorrer, as técnicas de QA usadas precisam ser modificadas para encontrar erros preventivamente. Informações acerca dos custos e esforço para correção também devem ser avaliadas, uma vez que agregam valor ao processo de teste. Acompanhe alguns propósitos da utilização de métricas de teste:
Controlar a ocorrência dos defeitos;
Analisar a eficácia e eficiência do processo de testes;
Avaliar a produtividade da equipe de QA;
Estimar a necessidade de automação dos testes;
Acompanhar o cronograma e status do andamento dos testes;
Identificar oportunidades de melhorias;
Apoiar o gerenciamento do projeto e execução dos testes;
Auxiliar na melhoria do processo de desenvolvimento do software;
Viabilizar a tomada de decisão sobre a entrega das aplicações;
Indicar o nível de qualidade e confiabilidade dos produtos de software.
Testes são cruciais para o controle de qualidade, e seu monitoramento por métricas garante decisões mais assertivas por gestores e equipes. Logo, métricas desempenham um papel essencial em um processo de teste de software, pois ajudam a quantificar e avaliar a sua eficiência e eficácia. Ademais, um processo de teste bem estruturado garante que o software seja validado de forma sistêmica e abrangente, reduzindo significativamente a probabilidade de ocorrência de defeitos. Ao prezar por realizar etapas do processo bem definidas, como planejamento, execução e acompanhamentos dos testes, é possível detectar falhas precocemente, resultando em um produto mais confiável e de alta superior. Entre os itens que podem ser analisados por intermédio de métricas cabe destacar:
Tempo restante para finalizar os testes;
Quantidade de testes concluídos;
ROI dos testes;
Custo empregado para corrigir defeitos;
Quantos defeitos foram corrigidos;
Áreas do software que apresentam mais defeitos;
Técnicas de testes mais eficazes;
Quantos defeitos foram encontrados pelos usuários em produção.
Com métricas apropriadas, as equipes de QA podem tomar decisões baseadas em dados confiáveis, como por exemplo, determinar se o sistema foi suficientemente testado e está apto a ser entregue. Ao coletar dados sobre o comportamento do processo de testes, é possível identificar oportunidades de melhoria e ajustar abordagens, técnicas e ferramentas para melhorar a eficiência das validações.
E para finalizar, um processo de teste bem definido facilita a comunicação entre as equipes de desenvolvimento, suporte, testes e demais setores. Ao ter um conjunto claro de métricas e resultados de testes, os envolvidos podem compreender melhor o estado do software em relação qualidade, riscos envolvidos e áreas que precisam de atenção.
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