30 Setembro, 2024 |
Por: Cristiano Baumgartner
30 Setembro, 2024 |
Por: Cristiano Baumgartner
Independente da metodologia de desenvolvimento utilizada, um dos problemas recorrentes no desenvolvimento de software é a incidência de defeitos. Para minimizar as complicações causadas por esse cenário, tanto procedimentos de testes ágeis quanto “tradicionais” buscam garantir a qualidade de software por meio de diversas estratégias peculiares a cada uma delas. Neste sentido, teste de software é muito mais do que uma simples tarefa, na realidade pode ser considerado com um fundamento crucial para a entrega e sustentação das aplicações em produção.
Métodos ágeis apresentam algumas diferenças substanciais em relação aos métodos tradicionais de QA, incluindo abordagens distintas que cada uma adota. Na perspectiva ágil, por exemplo, teste é uma tarefa inerente e realizada paralelamente a todas as etapas do desenvolvimento. Em contrapartida, em uma concepção dita tradicional, as validações são realizadas ao final de cada etapa do processo. Dito isso, vamos conhecer algumas das principais diferenças. Confira!
Ágeis: Testes são realizados em pequenos ciclos (Sprints), gerando feedback contínuo e possibilitando adaptações rápidas. Isso faz com que o conhecimento sobre o projeto evolua a medida que o produto vai sendo construído, levando ao constante empenho por refinamento e melhorias.
Tradicionais: Testes acontecem comumente após o desenvolvimento completo de cada fase distinta do projeto, tendo como premissa que os requisitos sejam estáveis. Isto significa que deve-se especificar antecipadamente todos os requisitos do software a ser desenvolvido, o que pode tornar mudanças mais difíceis de implementar.
Ágeis: Primam pela colaboração constante entre desenvolvedores, testadores e demais stakeholders. A comunicação é frequente, pessoal e informal, incentivando a participação ativa dos clientes. O objetivo é garantir que a entrega do produto realmente agregue valor.
Tradicionais: Tendem pela segmentação entre as equipes de desenvolvimento e testes com comunicação formal e sem participação efetiva do cliente. Tem como base processos bem estruturados para assegurar a qualidade do produto.
Ágeis: Prioriza pela comunicação direta e reduz a dependência de documentação tradicional. A documentação é simplificada e concentra-se no que é essencial. Os testes são orientados por histórias de usuário e funcionalidades específicas.
Tradicionais: Utilizam documentação detalhada e completa, incluindo planos de teste, casos de teste e relatórios.
Ágeis: Trabalham com feedback rápido e constante, o que permite identificar e corrigir problemas de forma ágil. Essa abordagem facilita a adaptação às mudanças nos requisitos, incluindo o feedback do cliente.
Tradicionais: O feedback tende a ser demorado, já que os testes são feitos após a conclusão de cada etapa do processo de desenvolvimento.
Ágeis: A automação é realizada ativamente e integrada ao processo de desenvolvimento, permitindo testes contínuos e sucessivos.
Tradicionais: A automação pode ser menos presente, tendo mais testes manuais e funcionais.
As diferenças supracitadas representam algumas das principais características das metodologias ágeis e tradicionais, com os testes ágeis sendo mais flexíveis, colaborativos e adaptáveis às mudanças dos projetos, enquanto nas metodologias tradicionais, elenca-se uma equipe responsável especificamente pelos testes, sendo mais formais e estruturada.
Partindo do pressuposto de que estamos nos referindo a qualidade, é notório que defeitos encontrados em produção possuem um custo de correção consideravelmente maior do que erros encontrados durante o ciclo de desenvolvimento. Portanto, como já mencionado, tratando-se da abordagem empregada, testes são o alicerce primordial que tem por objetivo fornecer segurança para que sejam feitas mudanças e melhorias, validar os requisitos, avaliar o comportamento do sistema de acordo com o planejado, garantir a integridade do software, detectar e documentar defeitos, reduzir o tempo gasto com manutenção e retrabalho, além de demonstrar que a aplicação funciona e atende as necessidades do cliente. Em vista disso, seguem abaixo algumas características referentes a essa importante atividade:
Seguindo essa linha, veja a seguir algumas características que envolvem profissionais de QA independente da metodologia utilizada, mesmo considerando contextos ágeis em que não há o papel conhecido por “Testador”, visto vez que todos os membros dos times são responsáveis pelos testes.
Como vimos, a mudança na compreensão e no comportamento em relação ao teste de software é uma das diferenças mais evidentes entre as metodologias ágeis e as tradicionais. É importante ressaltar que, enquanto nas metodologias tradicionais o teste é realizado ao final do desenvolvimento por uma equipe independente, nas metodologias ágeis essa atividade é compartilhada e realizada por todos os membros do time.
Agora que você conhece as principais diferenças entre testes ágeis e tradicionais, entre em contato conosco e saiba como estruturar um processo de QA eficiente, independentemente da abordagem adotada pela sua empresa.
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