19 Abril, 2023 |
Por: Keila Soeiro
19 Abril, 2023 |
Por: Keila Soeiro
Testes são uma parte essencial do processo de desenvolvimento de software, pois ajudam a identificar defeitos e garantir a qualidade do produto final. Existem diferentes abordagens de testes, incluindo testes exploratórios e testes ad-hoc. Embora esses termos sejam usados de forma intercambiável às vezes, eles têm diferenças distintas em sua abordagem e propósito.
Os testes exploratórios são uma abordagem de teste em que o testador atua como um "explorador" do software, investigando e avaliando o sistema de forma ativa. O testador utiliza sua experiência, conhecimento do domínio e habilidades técnicas para identificar possíveis defeitos e comportamentos inesperados do software.
Quando falamos de testes exploratórios, muitas vezes é presumido que o testador irá acessar o software e navegar por ele sem nenhum preparo ou planejamento prévio, contudo, essa visão é errônea, visto que para uma execução correta do teste exploratório é necessário pensar de antemão o que será testado e a maneira em que se fará essa exploração do sistema.
Existe, porém, um tipo de teste que se enquadra bem nessa definição informada anteriormente. Conhecido como ad-hoc, esse teste é normalmente realizado sem ser planejado, sem base em uma documentação, caso de teste ou design de tela, sendo definido como um teste informal de software.
O que se deve a essa confusão e troca a respeito desses tipos de teste é exatamente o fato de eles serem extremamente semelhantes: Ambos são baseados na experiência do testador e a execução é indicada quando o projeto não possui especificação de requisitos ou existe pouco tempo disponível para teste, além de serem recomendados quando há baixo conhecimento do software a ser testado.
Embora muito parecidos, esses tipos de testes possuem uma diferença muito clara quanto se trata da forma de execução. O ponto principal que os diferencia é o fato de que para um teste ser considerado exploratório sua execução deve possuir um propósito e ser planejada antecipadamente, definindo o que será testado, de que forma será feito e quanto tempo será disponibilizado para cada etapa. Desta forma, a busca e descoberta dos bugs será direcionada e sistêmica.
Em contraponto, o teste ad-hoc trata-se de um processo improvisado e não estruturado, realizado sem uma estratégia evidente, onde os bugs são localizados por acaso e de forma acidental conforme o testador for mexendo aleatoriamente no sistema, indo de acordo com sua intuição e experiência.
Características | Teste Exploratório | Teste Ad-hoc |
Abordagem | Estruturada e planejada | Informal e não planejada |
Objetivo | Explorar o software de forma adaptável | Testar de forma casual e sem uma abordagem organizada |
Documentação | Pode ter documentação formal | Geralmente tem pouca ou nenhuma documentação formal |
Feedback | Tende a ser imediato, com registro detalhado dos resultados | Pode ser menos imediato, com registro informal dos resultados |
Probabilidade de falhas no processo | Menor ocorrência de falhas no processo de teste | Maior incidência de falhas no processo de teste |
Probabilidade de encontrar falhas | Erros encontrados rapidamente e de forma metódica | Erros encontrados ao acaso, podendo deixar passar alguns bugs sem serem notados |
Dentre as vantagens de se utilizar testes exploratórios ou ad-hoc, podemos citar que são extremamente úteis para encontrar bugs rapidamente e que ambas possuem o intuito de aprimorar e apoiar a garantia da qualidade do software. Decidir qual tipo de teste executar vai depender muito da necessidade e do momento de cada projeto específico, por isso é necessária uma prévia avaliação com um profissional especialista para compreender se a execução destes testes realmente vai de acordo com a demanda do software ou se é relevante avaliar uma outra metodologia existente.
É importante ressaltar que ambas as abordagens têm suas vantagens e desvantagens e podem ser adequadas em diferentes contextos de teste. A escolha entre teste exploratório e teste ad-hoc dependerá dos requisitos do projeto, dos recursos disponíveis, do nível de formalidade, da documentação necessária e do objetivo específico do teste. É fundamental compreender essas diferenças para selecionar a abordagem mais apropriada para o seu projeto de teste e garantir a qualidade do software testado.
A equipe da Testing Company é qualificada para escolher e atuar na prática com o melhor método de teste de acordo com o escopo de cada sistema. Fale com um consultor e descubra como alcançar e garantir a qualidade em seus projetos de software.
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